quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Pensamento do dia...

"A vida não é existir sem mais nada, a vida não é dia-sim, dia-não. É feita em cada entrega alucinada para perceber daquilo que aumenta o coração."


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Foi tão especial...

Obrigada =)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Acordar com o mar...


Água salgada,

Areia,

Cheiro a marezia,

Pedrinhas,

Conchinhas,

Búzios,

Beijinhos...


Um passeio com o cão pela praia de manhãzinha sabe sempre bem! =)



Foto: Mariana Catarino

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sorrisos,

Gargalhadas,

Olhos cintilantes...

Todos eles a significar uma única coisa: FÉRIAS!!!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Livro de Cabeceira I


Ilha das Trevas de José Rodrigues dos Santos

É o primeiro romance de José Rodrigues dos Santos, mas está muito bem conseguido. Sou um pouco suspeita quando comento este livro, pois tudo o que relate história me fascina. O autor conseguiu relatar, de uma forma excepcional, a história da independência de Timor Leste com a história de Paulino da Silva. Paulino da Silva é um timorense que, tal como toda a população de Timor sofreu com a inesperada invasão dos soldados Indonésios. Paulino recorda os massacres, as violações dos direitos humanos, a fome, a miséria e a desgraça provocada pelos nangalas(soldados indonésios) que levou à morte de mais de 200 mil timorenses. Tal como o autor afirma, "A história de Paulino é, afinal, a história dos timorenses anónimos".

Aconselho vivamente a leitura, apesar de ser um livro extenso, vale a pena ver o que o ser humano é capaz de fazer só para saciar os seus interesses...


Citação favorita

"A voz calou-se, o recinto de Tacitolo mergulhou na escuridão, fez-se silêncio e dezenas de pessoas de túnica branca pisaram a arena, cada uma com uma vela, cada vela por um morto, todas a convergir para o centro em levas sucessivas, em filas de gente e de velas, vaga atrás de vaga, lado a lado, filas a juntarem-se a filas, as mãos no peito com uma vela em frente, mãos em concha a protegerem as chamas amarelas da leva brisa que descia das montanhas."

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ser Criança

Ser criança é achar que o mundo é feito de fantasias, sorrisos e brincadeiras.
Ser criança é comer algodão doce e se lambuzar.
Ser criança é acreditar num mundo cor de rosa, cheio de pipocas.

Ser criança é olhar e não ver o perigo.

Ser criança é sorrir e fazer sorrir.
Ser criança é chorar sem saber porque.

Ser criança é querer ser feliz.
Ser criança é se esconder para nos preocupar.

Ser criança é errar e não assumir o erro.
Ser criança é pedir com os olhos.

Ser criança é derramar uma lágrima para nos sensibilizar.
Ser criança é isso e muito mais.

É nos ensinar que a vida, apesar de difícil, pode tornar-se fácil com um simples sorriso.
É nos ensinar que criança só quer carinho e afecto.
É nos ensinar que, para sermos felizes, basta apenas olharmos para uma criança.”

Nilse Caldas César

Foto: Mariana Catarino

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Valho mais que uma flor?

Foto: Mariana Catarino
O quê? Valho Mais que uma Flor

O quê? Valho mais que uma flor
Porque ela não sabe que tem cor e eu sei,
Porque ela não sabe que tem perfume e eu sei,
Porque ela não tem consciência de mim e eu tenho consciência dela?
Mas o que tem uma coisa com a outra
Para que seja superior ou inferior a ela?
Sim tenho consciência da planta e ela não a tem de mim.
Mas se a forma da consciência é ter consciência, que há nisso?
A planta, se falasse, podia dizer-me: E o teu perfume?
Podia dizer-me: Tu tens consciência porque ter consciência é uma qualidade humana
E só não tenho uma porque sou flor senão seria homem.
Tenho perfume e tu não tens, porque sou flor...
Mas para que me comparo com uma flor, se eu sou eu
E a flor é a flor?
Ah, não comparemos coisa nenhuma, olhemos.
Deixemos análises, metáforas, símiles.
Comparar uma coisa com outra é esquecer essa coisa.
Nenhuma coisa lembra outra se repararmos para ela.
Cada coisa só lembra o que é
E só é o que nada mais é.
Separa-a de todas as outras o facto de que é ela.
(Tudo é nada sem outra coisa que não é).

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"