Descobrir o desconhecido
Não é uma propriedade de Simbad, de
Érico, o vermelho, ou de Copérnico.
Não há um homem
Que não seja um descobridor:
Começa descobrindo o amargo,
O salgado, o côncavo, o lixo,
O áspero, as sete cores do arco
E as vinte e tantas letras do alfabeto.
Passa pelos rostos, os mapas, os animais
E os astros.
Conclui pela dúvida ou pela fé
E pela certeza, quase absoluta
De sua própria ignorância.
J.L. Borges
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